domingo, 26 de abril de 2015

Episódio em que entrei em uma padaria e pedi à um pescador desconhecido que me levasse à uma ilha desconhecida




Um certo verão, estávamos eu e o Claudio viajando por Santa Catarina, pela primeira vez juntos, quando ouvi falar de uma ilha que pertencia à cidade de Porto Belo, e que nela havia muita coisa interessante para ver e fazer.

Lendo na internet, vi nos relatos que não havia um transporte oficial que levasse os curiosos até a tal Ilha, e que a maneira mais utilizada pelos turistas era atravessar com um pescador local.

Por mim... ok.

Descemos na rodoviária da cidade e perguntei no guichê de uma empresa de ônibus, se poderiam me informar como eu acharia UM PESCADOR que pudesse nos levar à ilha de Porto Belo.
A simpática moça me informou:
"_ Siga até achar uma certa praça e de frente a praça, há uma padaria (ou era um bar?) e peça à QUALQUER UM e qualquer pescador  que estiver por lá pode atravessar vocês."

Claro que eu fui.

Achada a tal praça e depois a padaria (ou era um bar?), entrei, pedi licença e perguntei qual daqueles homens seria um pescador que poderia nos atravessar até a tal ilha.
Um homem se apresentou e disse que nos levaria.
Acertamos o preço e subimos no barco de pesca que ele possuía.
Depois que subimos, comecei a pensar na loucura daquela situação. No meio do mar com um desconhecido.

Acho que se passaram uns quinze minutos (pareceu isso), até chegarmos ao pier da ilha.

Quanto mais nos aproximávamos, mais maravilhada eu ficava com o lugar. Uma água com uma cor incrivelmente verde e tranquila e a vegetação que fazia sombra sobre a areia... Um paraíso.

O pescador foi muito legal e apesar do barulho do motor, nos passou muitas informações úteis e contou algumas curiosidades.
Não esperava que a ilha  fosse tão organizada e preparada para receber turistas, pois não havia tanta informação na internet sobre ela. Mas lá tem restaurantes, gringos aos montes, museu do mar, trilhas que levam à pinturas rupestres e um mar transparente.

No pier o pescador  nos entregou uma placa amarelada com o número de seu rádio, que deveríamos entregar na saída à moça que ficava em uma cabine no pier. 
Essa moça usaria a placa para contactar o pescador para que ele voltasse para nos buscar. E assim foi feito.

Passamos na Ilha de Porto Belo momentos lindos... Caminhamos pela orla até  encontrarmos uma área da praia solitária, onde só ouvíamos o barulho que o vento fazia sobre as árvores e o da a água do mar sobre as pedras.
Comemos batatas fritas (preço da porção era bem caro) e tomamos refrigerantes.
Nadamos muito, tiramos muitas fotos e só saímos antes do anoitecer.


Atualmente, a travessia é feita ainda por pescadores, porém foi criada uma associação deles, com guichê na frente do pier principal da cidade, onde são vendidas as passagens. Ficou mais organizado.
Vi isso quando em 2013 voltei à cidade, mas como o tempo e a grana eram curtos, não repetimos o passeio infelizmente .


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