quinta-feira, 9 de junho de 2016

Informações adicionais sobre o Mochilão - Deslocamentos e Hospedagem - Parte 2



Hospedagens 

Todos os comentários aqui, referentes à minha hospedagem, são inteiramente pessoais, baseados na experiência que eu tive em cada um deles . Eu sou uma pessoa simples, não dada à luxos, logo, o que foi ótimo para mim, pode não ser o melhor para você.  Nos nomes das hospedagens tem os links de cada uma pelo booking.com


 

Santiago:


Apartamento mesmo, com cozinha equipada (pequena, mas com tudo o que precisávamos), cama confortável, aquecedor.
Fiquei meio receosa de nos hospedarmos no centro, e não no tradicional bairro escolhido pelos brasilieiros que viajam à Santiago pela primeira vez, Providencia.
Só posso dizer que para nós foi uma escolha excelente. Fizemos os principais passeios pela cidade à pé mesmo, pois tudo era muito perto. O comércio fechava bem tarde, às 23h e as ruas eram sempre movimentadas. A dona do apartamento é uma brasileira muito simpática. Na rua em que ficamos passavam ônibus, tinha uma estação de metrô ( Santa Lucia ) próxima, o que facilitava muito a nossa vida. Nas proximidades havia mercado, padarias, restaurantes e a maioria dos pontos turísticos da cidade.

Pontos Positivos:
Tudo muito perto, o que facilitou nossa vida. Apartamento aconchegante, tudo funcionava muito bem

Pontos Negativos:
 Nunhum, honestamente, gostei de tudo.


San Pedro do Atacama

 

Hostel. Rústico, sem café da manhã. Porém razoavelmente perto da Rua Caracoles (principal rua de San Pedro). O dono muito simpático, cozinha equipada. Vou citar alguns pontos negativos, porém eu já fui ciente de todos eles, e escolhi, devido ao bom preço do quarto. No fim, o ambiente compensou e nos tornamos muito amigos do dono, que é uma pessoa incrível.

Pontos Positivos:
Dono Simpático, lugar muito agradável, bom preço.

Pontos negativos: 
O quarto não tinha aquecimento e nem TV (esta era de uso coletivo), o aquecimento era pago à parte. Logo, passamos muito frio durante a noite e não havia cobertor extra que resolvesse.
O banheiro ficava fora do quarto e era de uso coletivo. Não foi necessariamente um problema, mas era complicado ir ao banheiro ou tomar banho durante a noite.
Podia ter café da manhã também.

Arequipa 


Ficar muito tempo em Arequipa não estava em nossos planos. Infelizmente, porque eu me apaixonei seriamente por esta cidade.
Passamos uma noite muito agradável por lá. Me senti em casa.

Pontos Positivos:
Localização. Pertíssimo da Plaza de Armas, mercado e restaurantes. Quartos bons, limpos. Cozinha incrível: enorme, bem equipada e muito bem decorada. Café da manhá ótimo.

Pontos Negativos
Não ter ficado hospedada mais tempo.

 Cusco 


Hostel legal. Donos ultra mega simpáticos. O Hostel fica em uma espécie de Via. No quintal, você entra e tem algumas casas de moradores. Então o visual do lugar não inspira muita confiança. Ledo engano.

Pontos Positivos:
Quarto amplo e charmoso (cama no mezanino). Café da manhã muito bom. Quarto limpo. Equipe ótima e simpática.

Pontos Negativos;
Um pouco distante da Plaza de Armas (onde tudo "acontece"). Quarto um pouco frio demais. Muitas ladeiras à subir até chegar no Hostel (isso conta muito em Cusco).

Aguas Calientes

Nossa hospedagem em Aguas Calientes (base para Machu Picchu) foi escolhida ao acaso, pela empresa que contratamos para nos levarem até Machu Picchu, pela trilha da Hidrelétrica. Infelizmente eu não me recordo o nome, mas também nem tem tanta importância, pois, devido à acontecimentos que serão relatados em outro post), passamos apenas 4 horas hospedados. Desfrutamos pouco e logo tivemos que acordar na madrugada para subir até Machu Picchu.







Informações adicionais sobre o Mochilão - Deslocamentos e Hospedagem - Parte 1



À pedido da leitora Luciana, vou escrever um pouco sobre a Hospedagem e sobre os meios de transporte que utilizamos para fazer a viagem. Por ser um assunto enorme, vou dividir em partes para não ficar tão confuso, nem tão cansativo.

Sobre a hospedagem, reservamos tudo pelo Booking.com, com bastante antecedência.
Como um casal, meu marido não quis de jeito nenhum dividir o quarto com outras pessoas (quartos coletivos). Essa foia única exigência que ele fez. Logo, não podíamos ficar à mercê da sorte de encontrar um quarto de casal em um hostel legal, justamente na temporada de férias.
Garimpei bastante no site e observei o melhor custo benefício de cada hospedagem. Nunca pegamos os mais baratos, nem os mais caros (essa não é a nossa praia), mas escolhemos lugares que tinham a nossa cara e que pudessem satisfazer nossas necessidades quanto à localização e preços.

Reservar nossa hospedagem com antecedência foi legal por isso, conseguimos escolher bons lugares por preços justos.
O lado negativo foi que definitivamente ficamos "amarrados" às datas de chegada e saída  em cada lugar que visistávamos, pois, a próxima hospedagem, na próxima cidade,  já estava reservada e paga. Logo, se desse alguma m#@F%& (coisa errada), como atrasos,  estradas fechadas... estávamos fritos. Isso foi tenso. E o risco havia. Quando compramos nossa passagem de SP até Santiago, existia o risco real de nevasca, que fecha a fronteira Argentina/Chile por dias. Se isso acontecesse, seria um prejuízo enorme.
Tive um trabalho enorme de logística, calculando os tempos de viagem e a hora aproximada de chegada em cada destino.

Exemplo:
Saímos de São Paulo às 14h do dia 5 de julho. Como a viagem até Santiago duraria em torno de 54 horas, a previsão de chegada seria às 20h do dia 7 de julho, logo, no dia 7 tínhamos que ter um local para dormir, mesmo que ocorresse um atraso, chegaríamos naquela noite ou naquela madrugada (isso se tudo desse certo). Entenderam o drama?
E à partir dessa data, todas as hospedagens foram marcadas ainda no Brasil, contando com o tempo de deslocamento entre uma cidade e outra, já contando com algumas noites dormidas em ônibus entre esses deslocamentos, e realmente contando muuuuiiittttoooooo com a sorte.
 

Mas se o tipo de quarto não fosse um problema, não sei se teríamos feito desse jeito.
No próximo post, vou falar separadamente de cada hospedagem ressaltando os prós e os contras de cada uma.






segunda-feira, 18 de abril de 2016

Atacama dia 2 - Termas de Puritama



Eu confesso que queria demais ter ido à Laguna Cejar e depois Ojos del Salar. Nossa, vou ficar para sempre frustrada de não ter experimentado a sensação de flutuar no segundo maior lago de água doce do mundo _atrás apenas do Mar Morto. Mas o frio era tão insano naquele lugar e o dinheiro tão contado, que preferimos passar aquela segunda tarde tomando um banho quentinho nas Termas de Puritama.

Essas termas estão localizadas a 3500m de altitude (seria a minha maior altitude alcançada até aquele momento) então eu estava apreensiva sobre como eu iria me sentir. Essa seria também a mesma altitude de Cusco e assim, eu tiraria a prova definitiva se eu iria ou não dar conta.

Acordamos tarde e fomos. Mais um dia extremamente frio,  para variar.
Nesse grupo que fez o passeio conosco, conheci a maravilhosa amiga chilena Scarlette e sua família, que estavam passando as férias no Atacama.

Fomos conversando e admirando as paisagens por onde passávamos.


Caminho até as Termas



Vulcões



Entrada do Parque



As termas ficam lá embaixo

Local onde as vans no deixam, antes de começarmos a descida




As termas são um conjunto de várias piscinas naturais de água cristalina, super quentes ( temperatura média da água é de 33°).

Passarelas super charmosas  conduzem os visistantes ao longo das várias piscinas.
O local oferece ármarios ( é necessário que se leve cadeados para travar os lockers ) e banheiros pequenos.
Não sei como elas são no verão, mas estava tão frio, mas tão frio na época em que fomos, que era impossível ficarmos fora da água quentinha um único minuto. Quando, uma vez, tentamos trocar de piscina já molhados, saímos literalmente correndo porque não tinha condições  de ir caminhando sobre a passarela devido ao vento cortante. Devia estar uns 6° fora da água. Tenso.

Passarelas
 Mas dentro da água, era só alegria. Realmente um passeio delicioso.

Poço cheio de peixinhos









Claudio se divertindo

O triste foi na hora de irmos embora. Sair da água, já no fim da tarde foi uma tortura.
Nos trocamos bem rápido.

E outra, teríamos que subir o vale novamente, até a entrada do parque, onde as vans esperavam os turistas.
Eu subi, mas quase morrendo de tanta falta de ar. Era realmente muito alto.

Uma caminhonete subia cheia de turistas. Não tive dúvidas, estiquei minha mão, estendi o polegar e fiz o gesto universal de pedir carona.
Gentilmente, um dos rapazes, percebendo meu sofrimento e dificuldade, desceu da van e me cedeu o seu lugar. Eu mais que agradecida entrei e ele foi subindo à pé com meu marido. Foi um anjo. Só pode.

Voltamos para o hostel já no início da noite.