terça-feira, 28 de abril de 2015

Episódio do milagre da pousada barata, no endereço mais caro







Quando incluí Porto de Galinhas no meu mochilão pelo Nordeste , estava ciente que seria o lugar onde eu mais gastaria, pois é Porto né?

Porto de Galinhas é muito conhecida e bem turística, recebendo visitantes do mundo inteiro.
Lá tinha muita coisa legal para fazer: mergulho com snorkel e cilindro, passear de jangada, conhecer as piscinas naturais, praias lindas, curtir a noite do lugar.

Decidimos, eu e o Claudio que devíamos ficar ao menos uma noite por lá. Procurei algumas pousadas mas todas as que ficavam perto da praia eram realmente caras para os meus padrões.
As únicas que eu poderia pagar ficavam muito afastadas da rua principal, onde tudo acontecia: a rua da Esperança.

Descemos na tal rua e fomos andando e entrando em cada pousada que víamos, pechinchando sempre os preços. Tudo custando os olhos da cara.
Depois de uma hora percorrendo os arredores, com as costas e e pés doídos, com o interior das coxas assadas (gordinhos sofrem dessas coisas), fiz uma última tentativa. 
À uma quadra da rua da Esperança, achei uma pousada que parecia mais simples. Entrei e perguntei o preço para pernoitar. Logicamente...Caro...
Já havia desistido e me convencido `a curtir o restinho da tarde e depois tomar o ônibus de volta para Recife, onde eu havia montado minha base (hahaha). 

Poxa... seriam duas horas de volta até o Recife, mais duas horas para retornar no dia seguinte e mais duas horas para voltar definitivamente para Recife... HHHHAAAAAAA !!!!!!
Quando eu estava saindo, desiludida da vida, a dona dessa pousada falou:
"_ Então... no outro lado da rua, tem uma senhora, dona de uma pousada. O preço dos quartos normais são parecidos com os daqui e das demais pousadas nessa área. MASSSSSS... ela tem um quartinho, nos fundos, bem simples, que costumava alugar em certas em ocasiões. Por que vocês não tentam?"
Foi como se o sol tivesse brilhado mais forte, os pássaros tivessem cantado mais alto, tamanha minha emoção.
Fomos imediatamente até lá.

A senhora, dona da pousada nos recebeu bem, mas informou que o quarto estava fechado desde muito tempo, e que ela tinha outros quartos que poderia nos alugar (quartos caros). Insistimos muito (quase implorando de joelhos), porque aquela era a última chance de conseguirmos pernoitar naquele paraíso.
Ela nos olhou bem... pensou... e disse: "_Tudo bem, o quarto é de vocês por R$ 60,00".
Estava vindo de pousadas cobrando no mínimo o dobro disso (NO MÍNIMO). Quase abracei a mulher e convidei para vir visitar São Paulo e ficar na minha casa. hahaha

Quando ela nos mostrou o quarto, ele era perfeito pra gente. Pequeno, porém com banheiro, ar condicionado, frigobar e tv. Não tinha janelas e o colchão e travesseiros eram muito duros, mas muito melhor do que esperávamos. Tinha tudo o que precisássemos (menos wifi, que na época me seria inútil porque não tinha smartphone). 

Quando eu viajo, a última coisa que faço é entrar no quarto e dormir. E nós ainda teríamos café da manhã.







Só depois foi que notamos que estávamos a duas quadras da praia, atrás da rua principal de Porto e da sorte que tivemos.

Fomos até as piscinas naturais de jangada, nadamos. Agendamos nosso primeiro mergulho com cilindro em uma operadora bem recomendada (mergulho com cilindro é coisa séria), almoçamos, Terminamos a noite curtindo as lojas de artesanatos que ficam abertas até tarde da noite, tomando sorvete e ouvindo forró.









Uma sagui veio nos dar bom dia na manhã seguinte.







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