Na noite do dia 05/07 chegamos à Curitiba, onde paramos em uma importante rede de restaurantes à beira da estrada para jantar, comprar coisas, tomar um banho. Eu e o Claudio até saímos dispostos à tomar um banho, mas a fila para usar o banheiro estava enorme, então desistimos e fomos comer.
Viajamos toda a madrugada e depois passamos por algumas cidades em Santa Catarina que reconhecemos pela silhueta dos edifícios, como Balneário Camboriú e Florianópolis (ponte Hercílio Luz).
Antes de amanhecer já havíamos cruzado outro estado: estávamos em alguma cidade do Rio Grande do Sul. Outra parada.
Lembro que nunca havia sentido tanto frio na vida. Um frio cortante. E o banho novamente ficou fora dos nossos planos. Compramos mais comida e bebidas quentes.
Dormir... assistir à filmes que não entendíamos... paisagens no Brasil... dormir, essa era a nossa rotina.
O Brasil é realmente gigante. Pensei que talvez nunca sairíamos dele, mas na hora do almoço, chegamos à nossa última cidade brasileira: Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Havia um restaurante buffet muito agradável onde pudemos parar para almoçar e finalmente nos banhar (precisávamos).
O banho veio primeiro e no banheiro pude fazer amizade com algumas senhoras que estavam em nosso ônibus. O Claudio também tomou um banho.
Aproveitamos para recarregar os celulares e comer o quanto pudemos por R$ 16,00 cada.
Voltamos para o ônibus e prosseguimos viagem.
Nossa próxima parada seria na aduana brasileira, já na divisa com a Argentina.
Descemos do ônibus totalmente desorientados e sem saber o que devíamos fazer, para onde ir, então apenas seguimos o fluxo das pessoas de nosso ônibus e formamos uma fila no interior do edifício. Aquela era a primeira vez que cruzaríamos uma fronteira, com todos os seus procedimentos, apresentação de documentos, etc...
Lembro que fiquei muito apreensiva pois minha foto do passaporte era recente, porém a do RG completamente antiga e ninguém poderia assegurar que era eu na foto. Então... que documento eles exigiriam de mim? Por sorte, como estava com o passaporte, este facilitava todos os processos e só esse foi pedido. UFFFAAA. Passamos.
Um tempo depois, outra via sacra. Fila. Agora aduana Argentina. Não lembro em que momento o Juan nos entregou alguns formulários que devíamos preencher ao entregar nas aduanas estrangeiras, entregar um, pegar uma cópia e guardar até a saída do país argentino e entrada no Chile (tarjetas de imigración). GUARDE ESSA INFORMAÇÃO: PASSAMOS O MAIOR PERRENGUE POR CAUSA DESSES MALDITOS PAPÉIS.
Seguimos viagem. Paradae somente noturna, já em um posto de gasolina, em alguma cidade argentina à beira da estrada.
Alí sim, mais uma vez me convenci que ainda não havia experimentado o maior frio da minha vida e tivemos a primeira visão do que seria converter o nosso real em moeda estrangeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário